Traduzido por Roberto Almeida
Na tarde de terça-feira, o Secretário Geral do Ministério das Finanças, Giorgos Mergos, declarou: “O salário mínimo na Grécia continua alto e pode afetar o desenvolvimento”. A afirmação gerou uma série de reações, já que se tratava de uma declaração pública e formal durante a reunião geral anual da Associação de Fundos de Seguros. Na Grécia, depois da aprovação de sucessivas reformas trabalhistas, sob as instruções da Troika, o salário mínimo é de 586 euros mensais brutos.
O Ministério e o Ministro das Finanças se apressaram a negar qualquer intenção de reduzir ainda mais o salário mínimo, enquanto o partido Esquerda Democrática, que faz parte da coalizão tripartite do governo, classificou as declarações como inadmissíveis. Mais tarde, o Secretário Geral declarou que estava expressando suas opiniões pessoais, que não representa as intenções do governo e que tiraram parte de suas declarações de contexto para manipular sua argumentação. Giorgos Mergos trabalha no Ministério das Finanças desde o verão, e antes representava o Estado na junta diretiva do Alpha Bank, um dos maiores bancos da Grécia.