Traduzido por Roberto Almeida
Na segunda-feira, 21 de janeiro, o tribunal de primeira instância de Atenas se declarou contra o mal uso ou abuso da greve dos trabalhadores do Metrô da capital grega. A greve, formada por movimentos dos trabalhadores das linhas de tram e de metrô, começou na quinta-feira, 17 de janeiro, como reação à destruição do contrato coletivo e dos cortes salariais, segundo as ordens de aplicação do Memorando. A resposta dos trabalhadores foi a convocação de novas greves para os dias 22 e 23 de janeiro, e após uma nova reunião na quarta-feira, a extensão da greve até o dia 24 de janeiro. Os trabalhadores de outros meios de transporte públicos convocaram paralisações em solidariedade para o mesmo dia.
A apelação ao tribunal foi feita pela companhia que gere o metrô, que depois da decisão ameaçou forçar os trabalhadores a não realizar a greve. Ao mesmo tempo, o ministro de Desenvolvimento e Transportes passou a insultar e acusar os trabalhadores e anunciou mudanças na legislação que rege as greves. O porta-voz do governo deixou aberta a possibilidade de despedir os grevistas e a aplicar sanções financeiras, afirmando que o sindicato desafiou ordens judiciais, uma declaração que encontrou a oposição de todos os sindicatos. Em tal eventualidade, os trabalhadores de todos os meios de transporte público continuarão a ação grevista, como decidido em reunião com a participação do sindicato de empregados do setor privado, do centro de trabalho de Atenas, da federação dos trabalhadores ferroviários e todos os sindicatos dos trabalhadores de transporte urbano.